Certa vez Buda estava na Índia, proferindo uma palestra para um grupo de jovens Brahmanes, quando um dos jovens, saiu da multidão, veio ao seu encontro e lhe bateu no rosto.
Buda esfregou o local, sorriu e perguntou ao homem:
- E agora?
O homem ficou um tanto confuso, porque ele próprio não esperava que, depois de dar um tapa no rosto de alguém, essa pessoa perguntasse: "E agora?" Ele não passara por essa experiência antes. Ele insultava as pessoas e elas ficavam com raiva e reagiam. Ou, se fossem covardes, sorriam, tentando suborná-lo. Mas Buda não era num uma coisa nem outra; ele não ficara com raiva nem ofendido, nem tampouco fora covarde. Apenas fora sincero e perguntara: "E agora?" Não houve reação da sua parte.
Atordoado, confuso, o homem voltou para casa. Naquela noite não conseguiu dormir.
Na manhã seguinte, o homem voltou lá e atirou-se aos pés de Buda, e lhe pediu perdão. De novo, Buda lhe perguntou:
- E agora?
O homem olhou para Buda e disse:
- Perdoe-me pelo que fiz ontem.
- Perdoar? – exclamou Buda. – Por que deveria? Na verdade, correm boatos sobre mim. Você deve ter ouvido esses boatos, que estou denegrindo, deturpando e que acabarei com a verdadeira religião de Brahma. Assim, na sua mente, todos esses conceitos me fizeram um vilão, alguém mau, e, quando você veio me bater, você veio e bateu nesses conceitos que lhe puseram na cabeça. Assim, você bateu em si mesmo e não em mim, pois eu sou muito mais do que isso que lhe disseram, e, nem um pouco da intriga que plantaram em sua mente. Como não bateu em mim, mas em si mesmo, não tenho nem raiva, nem rancor, nem razão para perdoar. Perdoa-te sim, a ti mesmo, por acreditar em falsas afirmações. E, observa tudo que ouves, para não seres vítima da maledicência alheia.
O homem se prostrou ao pés de Buda e chorou copiosamente. Ele o levantou pela mão, o abraçou, fez dele um ouvinte de suas palavras e os dois foram tomar um chá.
Meus AMIGOS!!! Quantas vezes, por preconceito de outros, somos crucificados ??? Quantas vezes nos pegam para sermos o Judas, no sábado de aleluia??? Quantas vezes nos malham, nos condenam, nos destroem mesmo... E, nem de longe tínhamos a culpa que nos imputavam...
Ohhh... Grande Buda... Que teus ensinamentos sobre o preconceito e a maledicência, a intriga que plantam entre nós, possam, abrir os corações, mentes e olhos de todos os seres humanos... Toda essa intriga, todo esse preconceito que gera a intolerância. Afasta-nos disso, grande Buda!!!
Abraços a todos vocês que visitam o meu BLOG.
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