quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Mikhail Bakunin analisa as eleições 2010


Andei com muita vontade de escrever sobre as eleições 2010. Mas, para quê reinventar a roda, se um renomado filósofo e pensador russo, já escreveu antes ? E, apenas poucas palavras minhas seriam mudadas, mas, o sentido seria mais ou menos esse...

A Ilusão do Sufrágio Universal
Os homens acreditavam que o estabelecimento do sufrágio universal garantia a liberdade dos povos. Mas infelizmente esta era uma grande ilusão e a compreensão da ilusão, em muitos lugares, levou à queda e à desmoralização do partido radical. Os radicais não queriam enganar o povo, pelo menos assim asseguram as obras liberais, mas neste caso eles próprios foram enganados. Eles estavam firmemente convencidos quando prometeram ao povo a liberdade através do sufrágio universal. Inspirados por essa convicção, eles puderam sublevar as massas e derrubar os governos aristocráticos estabelecidos. Hoje depois de aprender com a experiência, e com a política do poder, os radicais perderam a fé em si mesmos e em seus princípios derrotados e corruptos. Mas tudo parecia tão natural e tão simples: uma vez que os poderes legislativo e executivo emanavam diretamente de uma eleição popular, não se tornariam a pura expressão da vontade popular e não produziriam a liberdade e o bem estar entre a população?
Toda decepção com o sistema representativo está na ilusão de que um governo e uma legislação surgidos de uma eleição popular deve e pode representar a verdadeira vontade do povo. Instintiva e inevitavelmente, o povo espera duas coisas: a maior prosperidade possível combinada com a maior liberdade de movimento e de ação. Isto significa a melhor organização dos interesses econômicos populares, e a completa ausência de qualquer organização política ou de poder, já que toda organização política se destina à negação da liberdade. Estes são os desejos básicos do povo. Os instintos dos governantes, sejam legisladores ou executores das leis, são diametricamente opostos por estarem numa posição excepcional.
Por mais democráticos que sejam seus sentimentos e suas intenções, atingida uma certa elevação de posto, vêem a sociedade da mesma forma que um professor vê seus alunos, e entre o professor e os alunos não há igualdade. De um lado, há o sentimento de superioridade, inevitavelmente provocado pela posição de superioridade que decorre da superioridade do professor, exercite ele o poder legislativo ou executivo. Quem fala de poder político, fala de dominação. Quando existe dominação, uma grande parcela da sociedade é dominada e os que são dominados geralmente detestam os que dominam, enquanto estes não têm outra escolha, a não ser subjugar e oprimir aqueles que dominam. Esta é a eterna história do saber, desde que o poder surgiu no mundo. Isto é, o que também explica como e porque os democratas mais radicais, os rebeldes mais violentos se tornam os conservadores mais cautelosos assim que obtêm o poder. Tais retratações são geralmente consideradas atos de traição, mas isto é um erro. A causa principal é apenas a mudança de posição e, portanto, de perspectiva.
 
Mikhail Bakunin ( 1814 – 1876)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Sucesso consiste em não fazer Inimigos!


Recebi essa mensagem por e-mail, achei muito interessante e agora repasso para todos.

Max Gehringer - Administrador de empresas e escritor, autor de diversos livros sobre carreiras e gestão empresarial, nos prestigia com algumas dicas muito importantes para a carreira.

Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras:

Regra número 1:

Colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: Se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1999 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2009.

Regra número 2:

A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros.

Regra número 3:

Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo. Mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender.

Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. Mas não é. A 'Lei da Perversidade Profissional' diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais possa ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.
Muito cuidado ao tentar prejudicar um colega de trabalho; Amanhã ou depois você pode depender dele para alguma coisa!

Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que têm boa memória.

"Na natureza não existem recompensas nem castigos. Existem conseqüências."

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Esse é um País que vai pra frente... Onde ?


Nosso país é sempre festejado como o país do futuro, como o país do amanhã. Mas, esse amanhã nunca chega. E, continuamos vivendo sempre no ópio da esperança.

Nossos índices sociais são péssimos, e, deveríamos, pela idade( e tamanho) de nosso país, estar bem melhor.

Mas, quais são os problemas que nos afligem ??? Diversos. Mas, existem certos aspectos que não nos permitem sair da condição de eterna colônia. E, consequentemente, dependência.

E, dos diversos( e sérios) problemas que nosso país enfrenta, podemos discorrer sobre dois graves problemas que afetam o desenvolvimento de nossa sociedade.

O Empreendedorismo-
Muito se fala que, no nosso país, as pessoas não são acostumadas a se tornarem empreendedoras, e, que, a maioria das empresas (senão grande parte) nasce mais da dificuldade e necessidade de se conseguir trabalho do que propriamente de oportunidades e vontade nessa direção.
Este realmente é um problema. Nossos jovens que não conseguem oportunidades, nossos seniores, que estão numa ótima fase produtiva, mas também, o mercado lhes nega acolhida. Para todos esses, o empreendedorismo forçado é a solução.
Mas, que empreendedorismo ???
Num país como o nosso, em que o governo coloca obstáculos muito difíceis de serem transpostos, começar uma empresa não é uma opção, mas, geralmente, falta de opção.
E, com todos os impostos, taxas, liberações, alvarás, permissões, o pobre empreendedor ficará, pelo menos, 3 meses pagando ao governo até que consiga começar a faturar...
É... E, nesse meio tempo, com a forte concorrência e as flutuantes situações econômicas, quem diz que muita gente não vai à falência antes mesmo de começar...???
O pobre empreendedor padece, e, temos que a informalidade aumenta cada vez mais, atraindo os olhos ávidos do fisco até sobre os vendedores ambulantes.
Agora, como mudar essa situação ?

Quando uma condição não apresenta uma solução evidente e direta, é sinal que as coisas já vêm erradas há tanto tempo, que não se consegue ter uma visão clara, por conta de estruturas viciadas. E, esse binômio imbatível, burocracia + impostos vem de muito tempo.
Todas essas dificuldades e barreiras(junto com uma corrupção endêmica) vêm de muito tempo atrás, do nosso Brasil colônia. Nos tempos de nosso país, submisso à coroa portuguesa, não era interessante permitir que os nativos pudessem ter negócios seus, estando sempre dependentes dos senhores portugueses. E este triste quadro pouco mudou até hoje: A corrupção da coroa se enraizou nos tratos do estado com o cidadão a tal ponto, que já não se vê uma saída para essa situação, que está corroendo todos as engrenagens do estado e emperrando o seu movimento.

-E o Papel do Estado...
Me respondam: Qual estado trata seus cidadãos como se fossem criminosos ? Com desconfiança ? Sempre se intrometendo nas relações sociais e cada vez mais na intimidade do indivíduo ???
Um estado colonial, já que a colônia não é formada pelos mesmos componentes da corte, assim, os ditos cidadãos, são pessoas de segunda classe.
Era assim nos tempos de Portugal coroa e do Brasil colônia. E, continua assim até hoje.
O estado, para alimentar todo o seu aparato corrupto, sangra cada vez mais os bolsos dos cidadãos. Cidadãos ? Não... Povo. Plebe rude e malcheirosa, que não tendo como sonegar, morre direto no contra cheque, já com imposto descontado na fonte.
E, o estado, cada vez mais quer saber: O que você comprou, quanto ganhou, onde gastou, quais as suas posses.
Me perdoem os sonhadores, mas, não vivemos numa democracia. Vivemos num estado de vigilância e intromissão na privacidade. E, tudo isso para alimentar o cruel leão, guardião dos impostos, e, em nosso caso, Cerberus, o cão infernal, seria mais adequado.
Nossa triste realidade, é ter um governo que trata seus cidadãos como se os colonos degredados de 1500 fossem, diferenciando o estado da sociedade, e, agindo com a mesma frieza cruel de Portugal, exigindo sempre o quinto de ouro todos os anos, que em nossos dias, é muito mais do que 20%
E não se iludam, pois a alternância de partidos diferentes no poder de nada adiantou, já que,  mesmo os ditos esquerdistas históricos nada fizeram contra a voracidade do estado no bolso dos ditos cidadãos... Piorou, em diversos aspectos. E, sem uma perspectiva de mudanças e melhoria no horizonte.

Portanto, enquanto vivermos atados a um estado que se distancia da população e se trata como se fosse a coroa de outro país, e, trata a seus cidadãos como se fossem os criminosos que aqui aportaram para colonizar esta terra, iremos muito mal... E, para onde ???

quinta-feira, 1 de abril de 2010

De Que Adiantam Milhões ???


De reais, se temos milhões a mais de miseráveis reais ???

Sim, dinheiro, dinheiro, dinheiro. Ficar rico a qualquer preço, ter um vidão, um carrão e um mulherão.

Será ???

Senão vejamos... Você, presumindo-se que ficou milionário da noite para o dia. Uma herança, acertou a Mega Sena, enfim... Está montado na grana.
Vai, e compra uma Ferrari. Aquelas vermelhas, modelo Enzo. Mas... Não importa o quão incrementada seja essa sua Ferrari, quando você parar no semáforo, crianças vão fazer malabarismos na sua frente, querendo trocados. Ou vão limpar o para-brisa, ou passar uma flanela nas rodas...

Não há como se esconder. A miséria em que vivemos, é como uma escuridão que a cada dia envolve mais e mais pessoas. E, vai destruindo tudo, arrasando com as boas intenções e jogando as pessoas em  desespero e desalento atrozes.

E, nesse caos coletivo, a ideia de ficar rico aparece como se fosse uma solução. Uma mágica que nos tiraria da pressão da miséria, que está fechando o cerco e diminuindo a nossa zona de segurança.

Mas... Qualquer quantia de dinheiro que possamos ganhar, até por um passe de mágica, não mudará a situação em que nosso país se encontra. Não mudará a realidade à nossa volta. E aí advém os problemas...

Não que ter dinheiro seja ruim, longe disso. Mas, nessa época em que vivemos, até ter dinheiro está complicado. Sim... Sequestros relâmpagos, roubos, assassinatos, tramas urdidas por pessoas próximas, trapaças legais...

Ou você tem muito dinheiro, e se muda para o exterior. Ou, com seus milhões, consegue viver numa realidade alternativa à nossa: Condomínios fechados, seguranças e vigilância 24 horas, restaurantes fechados, onde somente VIP's possam frequentar...

Mas, não... Ter milhões, bilhões, não é algo factível hoje em dia. Os poucos brasileiros que hoje possuem seus bilhões, ou são fortunas já feitas há um bom tempo, ou são investidores que estavam na hora certa, no lugar certo (e, principalmente, com os amigos certos)

Dinheiro é bom... Mas, já foi melhor. Foi melhor no tempo em que você podia ganha-lo, e, não ter medo de ser roubado, sequestrado, hostilizado apenas por ter dinheiro. Não... A coisa hoje está de um jeito, que, se você possuir alguma coisinha  a mais, seja um carro, seja uma casa, já é visto com olhos desconfiados, e, passa a ser hostilizado, seja por moradores de rua, seja por flanelinhas, seja pelo movimento dos sem-terra...

Claro que temos índices de crescimento, de superávit comercial e, nosso país, na propaganda oficial está muito melhor do que na realidade. Mas, na rua, continuam as crianças a fazer malabarismos nos semáforos, os adultos a pedir, as meninas a vender-se.

Na verdade, como eu gostaria de me mudar para esse Brasil das propagandas do governo...

sábado, 13 de março de 2010

Direitos Humanos, no dos outros é refresco...

 Direitos humanos aqui, não são como os direitos humanos de lá...

É sempre interessante acompanhar o que nossos políticos fazem, já que, com nossa democracia representativa, se assina um cheque em branco, com muita fé e esperança, em que os políticos irão se comprometer com as ideias que defenderam durante a campanha.

Claro que existem casos interessantes, alguns até folclóricos, de personagens que tropeçaram em suas próprias línguas. E, o pessoal mais jovem, nem deve se lembrar do falecido cacique Mário Juruna, que usava  um gravador para gravar o que o homem branco dizia, de forma que ele(o homem branco) não se contradissesse no futuro.

Mais recentemente, tivemos o caso de um socialista histórico, perseguido político pela ditadura militar, exclamar aos quatros ventos: "Esqueçam tudo que eu escrevi"... É... Nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, deu essa declaração, mostrando como a língua pode ser uma arma ferina. A começar, para quem fala e age de forma destoante.

No caso de nosso ex-presidente, vimos um socialista se tornar um neo-liberal, coisa parecida com a Inglaterra de Margareth Tatcher.

Agora estamos presenciando um novo tropeço na língua. Um homem público de nosso país, escorrega e cai pela boca. Aliás, o presidente com maior grau de aprovação dos últimos anos.

Em recente viagem à Cuba, dando uma declaração à Associated Press, nosso inilustrado presidente comparou os bandidos brasileiros com os presos políticos cubanos.

O presidente Lula disse que greve de fome não pode ser pretexto para libertar pessoas em nome dos direitos humanos, referindo-se aos dissidentes cubanos, e questionou como seria se todos os bandidos presos em São Paulo fizessem greve de fome para pedir liberdade.

Nossa... Quem te ouviu e quem te vê... E, nesse meio tempo, um dissidente político cubano morreu devido a fazer uma greve de fome. Outro prisioneiro político estava entrando em greve de fome, quando nosso presidente visitou o país, e, os grupos de direitos humanos esperavam que Lula intercedesse para acabar com a greve de fome. Melhor esperar sentados, já que nosso presidente nada fez.

O engraçado de tudo é que, para proteger um terrorista italiano, um bandido comum, assaltante de bancos, sr. Cesare Battisti, nosso presidente e o ministro da justiça, sr. Tarso Genro, invocam direitos humanos, mais uma vez envolvendo o Brasil em outro imbróglio internacional (não bastasse o de Honduras) , dessa vez com a Itália.

É... Dois pesos e duas medidas. E, nosso presidente, querendo não se indispor com seus ídolos de juventude (Fidel Castro e o irmão Raul), se omite numa grave violação dos direitos humanos em pleno século XXI.

É presidente, o sr. vai ter que sair de cima do muro. Um dia, o sr. terá que mostrar a que veio. Esperamos que não seja tão tarde, que sua biografia já não esteja irreversivelmente destroçada por seus exageros, atos impensados, desmandos e injustiças.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O Haiti é aqui...


Haiti ? Ou Angra dos Reis ?

No despertar dessa horrível tragédia que abalou o povo haitiano, com o pesar e toda a solidariedade cabíveis num momento tão difícil quanto este, devemos olhar também para dentro. Sim, para nosso tão sofrido país.
Senão, vejamos...

Segundo a folha, o Brasil doou 15 milhões de dólares, mais ajuda médica, mantimentos, remédios e equipamentos médicos. Vide a notícia aqui

E, não há nada de errado em ajudar nossos irmãos haitianos... Mas, estamos "doando" mais dinheiro que nações muito mais ricas do que nós. A Inglaterra doou 10 milhões, e a Rússia, só mandou tropas de resgate e médicos. Mas, não... Nós, o Brasil, somos um país rico do primeiro mundo. Por que não repartir nossa riqueza com nossos menos afortunados irmãos ?

Pior ainda, nós estamos com catástrofes naturais aqui, e, o que aconteceu em Angra dos Reis, no início do ano, também causou mortes e muito estrago material por lá. Fora uma época de chuvas que está castigando a região sul/sudeste, com quedas de pontes e mortos/desaparecidos no Rio Grande do Sul.

Então, a pergunta fatal: O Brasil está tão rico assim, que pode doar US$ 15 milhões para o Haiti ? E os nossos desabrigados ? E os nossos prédios derrubados ? E nossas pontes caídas ?

Sem falar no PAC (plano de aceleração do crescimento) que foi muito tímido nos seus resultados. Tá certo, o pessoal do governo vai dizer que a crise internacional também afetou o PAC. Ok. E o fome Zero ? A crise também afetou ?

Está claro que nosso presidente, que faz muito mais sucesso lá fora do que aqui, está se lançando numa grandiosa manobra de marketing pessoal. Lá fora ele é muito bem cotado, muito benquisto.

Quais seriam as ambições de nosso presidente, o filho do Brasil ? Depois de deixar a presidência, suceder a Ban Ki Moon ?

Quem sabe... Mas, se o "Filho do Brasil" não for indicado para um oscar, nosso presidente pode ser indicado para um leão de ouro em Cannes: Melhor propaganda pessoal visando a um cargo na ONU.