quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Nós, o povo... (Discurso Final de O Grande Ditador)




de “O Grande Ditador-Charles Spencer Chaplin”
            Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
            Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
            O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.  A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
            A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
            Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
            Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
            É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
            Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!

Um Feliz Natal a Todos os Meus Leitores... Que Possamos Continuar Juntos Nossa Caminhada Nesse Ano de 2010 Que se Inicia! 

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Um Dia, a Casa Cai...



Por que tomamos tudo como garantido, se de fato tudo é movimento? Por que imaginamos que independente da nossa atitude, da nossa loucura, o outro vai ficar sempre lá? Esperando, suportando, submetendo-se? Por que pensamos que isso pode ser para sempre? Não podemos pensar dessa maneira. O sempre também acaba! E, um belo dia, estaremos nós lá, sozinhos sem entender o porquê do outro de repente se incomodar com o que sempre aceitou...
Essa situação é mesmo muito mais comum do que você pode imaginar. Tenho algumas histórias como essa e posso afirmar que a liberdade tende sempre a prevalecer.

Efêmero

Não há, por isso, mal que dure para sempre. Não há mentira que dure para sempre. Por quê? Porque podemos sempre acordar e abrir mão do pesadelo. Desiludir-nos. Deixar para lá, para outro desavisado qualquer, e alçar voo.
Podemos escolher diferente, experimentar o positivo, o bom, o belo, o verdadeiro. Podemos, sempre que precisar, abrir mão do que faz mal. Do que não nos faz sentir bem. De tudo o que nos faz ser quem verdadeiramente não somos.

Esgotamento

O mais incrível numa situação como essa - na qual um desdenha e o outro quer comprar - é que num belo dia cansamos! Damos o basta. Libertamos-nos. Então, surpresa! O outro não acredita. Os outros não entendem. Todos os que nos acompanhavam ficam assim, sem saber o que fazer. Não sabem como agir, como não agir. Simplesmente têm dificuldade em nos aceitar.
E, nessa situação, duas soluções são possíveis. Pisamos firme no chão. Não abrimos mão da nossa conquista e vamos em frente. Ou voltamos atrás e, talvez por pressão de todos os que estão em volta e até mesmo do nosso padrão vicioso, escolhemos voltar.
Não tem problema! Todas as soluções são sempre acertadas para o que precisamos. A dependência emocional é muito mais comum do que conhecida. Tudo bem! Às vezes não dá mesmo para sair de uma relação, mesmo sabendo que não nos acrescenta nada - ao contrário, nos puxa para baixo.

Poder particular

A única coisa que não podemos perder de vista é que essa é uma escolha nossa. O poder de sair ou ficar. Escolher ser feliz ou triste. Viver uma relação saudável ou doente. É nossa a responsabilidade pelo que vivemos e ela não pode ser compartilhada. Não dá para culpar esse ou aquele acontecimento, essa ou aquela pessoa. O poder é nosso e o que fazemos com ele também é nosso. Se decidirmos dar ao outro o nosso poder de vida, vamos ter de arcar com as conseqüências. Com tudo o que essa decisão irá nos trazer em termos de dependência, de sofrimento, de desgaste emocional.
Por isso, fica aqui um convite. Se você vive uma situação como essa ou conhece alguém que faz sofrer ou sofre, pense duas vezes. O sadio mesmo é cuidar-se, amar-se, ter ao seu lado pessoas que realmente contam. Contam para nos fazer crescer, evoluir, transformar. Então pense e, quando puder, tome uma atitude. Isso quer dizer: viva e deixe viver. Liberte-se. A relação - e a vida -agradecem.

Artigo original de Sandra Maia.
Link: http://br.noticias.yahoo.com/s/24112009/48/entretenimento-relacionamentos-fragilidade-das-relacoes.html

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Frases, frases... Que muitos se arrependeram depois...

Vicente Matheus (Ex-presidente do Corinthians)


Paulo Maluf (Estupra mas não mata...)


Marta Suplicy (Relaxa e goza)


Bill Gates (dizendo que os únicos computadores que o impressionaram foram os Apple Macintosh, em 1984)


Lula (A crise internacional de diarréia "Sifu" com o mundo...)


William Waack (Chamando a sua colega Zelda M...)


E, para finalizar, Barack Obama dando sua opinião sobre Kanye West (he's a Jackass)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Querer as coisas certas... Mas... De formas erradas ???


Querer, querer, querer, todo mundo quer... Agora, como conseguir ???
Sim, temos diversos sonhos sendo vendidos hoje: Gerente de multinacional, casado com a Juliana Paes, cobertura no Leblon... Que tal uma ferrari na garagem ???

É... Todos são sonhos... A maioria fabricado. Curioso como ninguém sonha mais em ser um juiz severo, para botar os canalhas na cadeia, ou ser um policial destemido para prender bandidos, ou ser um cientista que ache a cura do câncer/aids...

Todos têm sonhos. Na verdade, temos mais sonhadores do que pessoas que estão acordadas vivendo a realidade. E, invariavelmente, os sonhos se tornam apelos de consumo... E, nada muito além disso.

Mas, afora os sonhos que nos são impostos (vendidos), outras mensagens subliminares andam fazendo nossas cabeças.
E, em nossa competitiva sociedade capitalista, já faz tempo isso. Desde o "leve vantagem em tudo" ao "segundo lugar é o primeiro perdedor", estamos sempre sendo atirados à luta, competição, ganhar e chegar na frente.

E, o que é pior, ao invés de haver a glorificação de seguir um caminho honesto e sério, há a apologia do atalho, do jeitinho, da trapaça, de ser mais esperto...

E, tanto nossa mídia quanto nossa ficção ajudam nisso. Afinal, em quantas obras televisivas, hoje em dia, o crime compensa ? O bandido se dá bem ? O mal triunfa no final ?

Mas, não é bem assim. A propaganda de uma sociedade amoral pode ter um objetivo de adestrar trabalhadores a lidar com situações em que eles devem ser impiedosos e sem muitos escrúpulos morais para conseguir resultados. Ok. Eu reconheço. Só que essa "doutrinação" está fazendo muito mais mal do que algum bem(será que algum dia fez bem ?). Afinal, hoje em dia, não são apenas os executivos agressivos que estão aplicando essa cartilha, estão rezando por essa bíblia. Mas, nossos jovens, nossos pequenos aviões que almejam ser gerentes da boca de fumo no futuro e não esperam viver mais que 25 anos. Dadinho é o caralho. Meu nome agora é Zé Pequeno... É... Essa passagem vem à memória.

E, conseguir coisas de qualquer jeito, é a forma mais fácil de afastá-las de quem tenta, já que as ações erradas acabam minando a vitória, a conquista.

Senão, vejamos rapidamente:
Você moça apaixonada, que ao invés de demonstrar o seu amor, você, para demarcar o terreno, é ultra-hiper-ciumenta... É... O que você acha que vai conseguir com isso ??? Ao invés de atrair o rapaz, vai é repeli-lo...

Você jovem executivo que está subindo na empresa, puxando os sacos certos e fazendo favores e os recebendo. Claro, isso é normal hoje em dia. É o chamado networking... Pois é... Agora, cargos baseados em amizade podem ir pro brejo. As pessoas mudam, ou então, mudam os seus amigos que deixavam suas costas quentes.

E, mesmo você que trabalha sério, pode ser prejudicado pelas "amizades", já que algum outro "amigo" pode passar à sua frente. É... Todos são iguais, mas, alguns, são mais iguais que os outros...

Não existe fórmula mágica para realizar coisas. Ninguém consegue nada a partir apenas de amizades, bajulação e favores. Pode até parecer que consegue algo, mas, é gigante de pés de barro, e, quando a queda vem, vem feia.

Quem vê somente o atalho, não percebe o terreno pantanoso que tem que trilhar para passar por ali. Só vendem a ideia do sucesso, mas, mais fácil é tudo ir por água abaixo depois. Não existe caminho fácil, e, trilhando os atalhos, os jeitinhos, a esperteza, você apenas acaba afastando suas possibilidades de alcançar realmente o que deseja.

A mídia e a ficção não falam do depois, do dia seguinte, de depois da vitória ou da conquista. Mas, todos nós sabemos que o que é mal ganho, sempre é mal gasto. E, quem faz errado, tem que fazer duas vezes: Uma a normal, a outra, pra consertar o erro...

E, se você vive num ambiente assim, procure outra coisa, não compactue com os desmandos e a maldade. A ética está voltando a ser apreciada hoje em dia. E, profissionais competentes  e éticos podem ter muito mais espaço. É só procurar com atenção.

E, evitem os atalhos, os jeitinhos, os golpes de esperteza. As vítimas serão vocês no final das contas.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Antes ser infeliz sozinho, do que ser infeliz a dois...





Quem tem lido os meus posts, o meu blog, sabe que eu quero que as pessoas fiquem juntas, que possam viver e desfrutar de um amor como eu estou vivendo e desfrutando, penso que, o que falta no mundo é mais amor. Penso que o amor é  solução para muitas coisas, senão para todas, e, futuramente eu vou escrever sobre o que as pessoas fazem para serem amadas, mas, por hora, por enquanto, eu quero me deter apenas nesse assunto: É melhor ser infeliz sozinho do que acompanhado. E, por que isso ?

Já dizia a sua vó, "antes mal acompanhada(o) do que só", ou não ? Antes sozinho do que mal acompanhado, essa também é boa.

Mas, o que nós estamos vivendo hoje em dia ? Estamos vivendo o supra sumo da solidão, em que as pessoas, por diversos aspectos, pela luta pela sobrevivência, pela competitividade cada vez maior, pela violência nas grandes cidades, pela dificuldade em se ganhar a vida honestamente, todos esses fatores estão tornando as sociedades cada vez mais áridas em termos sociais, humanos e emocionais e, isso prejudica, já que as pessoas estão cada vez mais solitárias, em contraste a aglomeração de pessoas, que nas grandes cidades é cada vez maior.

A competitividade exarcebada no campo de trabalho, é também um fator que está desencadeando esse estado de coisas, com todos cheios de suspeitas e esperando sempre o pior de quem estiver perto. Não me entendam mal, colegas de trabalho são colegas, não precisam ser amigos, jamais, mas, o que hoje se vive é uma tensão constante, esperando de que lado virá a "puxada de tapete", o que não é saudável em nenhuma hipótese.

E todo esse quadro, de medo constante, de ansiedade, de esperar sempre o pior, vai gerando alguns casos, no mínimo, curiosos...
Acredito que você tenha colegas, tanto homens quanto mulheres, pessoas que se cuidam, que "malham", que têm corpos esculpidos em academias, "saradas", e, com quem se relacionam ??? Muitas vezes com ninguém... A produção toda, a malhação toda, serve como uma válvula de escape para compensar solidão, frustração, carência... É... Homens e mulheres... E eu conheci pessoas assim... Um exemplo muito conhecido é a apresentadora Xuxa Meneghel, apenas para ilustrar.

Toda essa aridez emocional que se tem hoje em dia, está levando as ditas "relações" a extremos, e, esses extremos, esses absurdos  estão se traduzindo da seguinte forma: Tanto homens quanto mulheres estão aceitando, e eu acredito que mais os homens que as mulheres, se envolver, ficar, noivar, casar, com pessoas que muito pouco têm a ver com elas, para não sofrer com a solidão.

Esse história soa antiga, mas parece,que agora, a coisa tá piorando a uns níveis muito impressionantes, assustadores até.
Então, a coisa toda, começando desse jeito, começando uma relação assim, já inicia mal, já inicia uma relação desigual entre as partes. Uma relação em que sempre vai haver uma questão de dependência, de exploração, submissão e manipulação, em que um vai depender do outro, vai ser explorado pelo outro, até mesmo manipulado pelo outro.

Muitas dependências podem acontecer, financeira, de habitação, etc... E, desigualdades, seja de ganhos, de "status" social, ou mesmo de beleza.
E, muitas vezes, o dependente, o explorado, o manipulado, vai ouvir coisas como "Onde tu andarias, se não fosse por mim ?", "Quem é que iria querer ficar contigo, se não fosse eu...?" da outra "parte".

Sim... E antes que me apedrejem, dizendo que coisas assim não acontecem hoje em dia, que as pessoas não são mais tão ingênuas quanto foram uma vez, concordo com tudo isso. Mas, a solidão, Ahhh, essa pantera, nunca foi companheira tão inseparável e nunca foi tão cruel. Cruel ao ponto das pessoas se anularem, se esquecerem delas mesmas, para não sofrer de solidão.

E o que é pior... Passado algum tempo, a parte "explorada", "manipulada", "conduzida", se acostuma, e, tem até medo de mudar. É... Alguma coisa como uma síndrome de Estocolmo, que acomete a parte "abusada".

E, a parte "dominante", que infunde o terror, que manipula sempre, com uma chantagem emocional, que cria uma relação de amor/ódio ( no final das contas), age como certas pessoas que, recolhem animais de rua, cães, gatos, para submetê-los a torturas. É doentio... Mas, acontece. Algumas pessoas têm que satisfazer um mórbido desejo de exercer alguma forma de poder. E, essa forma é através de maus tratos, de tortura psicológica, de atos que beiram a maldade e a insanidade.

E, mesmo estando no século XXI, mesmo com todo nosso avanço tecnológico, com todos os progressos de nossa civilização, coisas assim ainda acontecem entre as pessoas. Coisas primais, coisas antigas, situações de terror, ansiedade e angústia entre as pessoas, coisas do tempo da escravidão, do feudalismo. Mas... Acontecem.

Por isso eu digo: Amar é muito bom. Mas... Deve-se amar a si mesmo antes de poder amar os outros. Deve-se dar o valor merecido que se possui, ou senão, muito provavelmente, outros não darão. E, nessa troca, o perdedor vai sofrer, vai se revoltar, vai morrer um pouco, perdendo um pouco do frescor e do otimismo, sem ganhar muito mais em retorno.

Assim, AMEM-SE primeiro. Não se envolvam em relações doentias, que podem parecer boas no início, mas, vão tirar mais de vocês do que contribuir para algo, vão custar mais do que valem, e, finalmente, vão fazer vocês desacreditarem no amor. E, o amor existe, é bom, transforma e liberta.

Muito AMOR a todos!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Segredo do Segredo... Ou, aquilo que eles não contam...


Como eu tinha escrito antes, e falado sobre auto ajuda (que nem sempre ajuda, e, algumas vezes atrapalha) vou falar agora sobre outro best-seller da auto ajuda " O segredo", e, principalmente, o segredo que eles não contam.

A auto-ajuda não é de todo ruim não, muitas vezes ela funciona, muitas pessoas conseguem ter um auxílio motivacional, uma melhoria até de ânimo, de humor, muitas pessoas precisam ler o que está escrito nos livros de auto ajuda. Muitas delas precisam(precisavam) ouvir(ler) aquelas palavras de ajuda.

E, como falei antes sobre "Quem Mexeu no Meu Queijo", sobre "Pai Rico, Pai Pobre" vou discorrer agora sobre "O segredo".

Como eu já tinha falado antes, o interessante da auto-ajuda, e, que também ajuda vender (muito), é que ela é apresentada com se fosse uma sabedoria esotérica e até sobrenatural, que vai resolver todos os problemas.

E aí nós vemos como é que fica o Segredo nessa história toda. Um dos pontos chaves do Segredo é a lei da atração e, mostra diversos casos de sucesso, e, eu não vou negar que a lei da atração existe e funciona. Mas também, existem certas coisas que os autores do Segredo sabiamente omitem

E justamente esses resultados vendidos não mencionam outros fatores que envolvem a lei da atração, outras leis que estão acontecendo. Porque a coisa toda, botando numa outra perspectiva seria algo como a interação que existe entre diversas leis. No caso, nós que vivemos numa república federativa, temos leis federais, leis estaduais e leis municipais.

E as leis federais têm sempre vão ter precedência sobre as estaduais, as estaduais, por sua vez, vão ter precedência sobre as municipais. Uma lei federal vai valer muito mais do que uma lei estadual ou mesmo municipal. Então, a lei da atração é uma lei. Mas, não é uma lei absoluta. Não é uma lei federal, vamos colocar assim. Não há como negar que ela tanto existe quanto funciona, só que não é só ela que nos afeta, não é só ela que existe, não é só ela que interage conosco.

E, no cenário cósmico, não é uma lei de maior precedência, diante de outras leis. E, o que os autores do segredo omitem é justamente isso. Que existem muitas outras leis atuando e que estão interagindo a todo o momento com todos nós.

No nosso caso, no Brasil, vão existir leis que irão reger o destino de nosso país, leis maiores, leis cósmicas. Leis que irão traçar o destino cósmico(Kármico ???) de nosso país.para que este seja cumprido. E se você estiver no Brasil, vai partilhar desse destino, dessas leis cósmicas e dos objetivos que estão traçados para o nosso país. A sorte coletiva de todos que viverem aqui, neste espaço geográfico não será muito diferente de todo o resto.

Então, não vai adiantar ficar tentando atrair riqueza, riqueza, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano que isto não vai acontecer, porque as leis que influenciam o nosso país são outras, maiores.

Tudo isso leva a uma reflexão mais profunda que o segredo passa apenas por cima, que são as outras leis que estão agindo, como a lei da causa e do efeito, que tanto é alardeada pelo espiritualismo kardecista.

E, esta lei, é de maior precedência do que a lei da atração.
Tá certo que a programação neurolinguística que eles apresentam (de uma certa forma no livro) funciona, pensar de uma forma positiva ajuda, desejar de forma positiva ajuda também.
Mas, os fatores que entram na equação, como o destino cósmico do país em que se vive, da família em que se vive, da cidade em que se vive, do país em que se vive e do próprio mundo em que se vive, tudo isso conta, e vem antes da lei da atração.

Então, se você quer ter mesmo prosperidade, trabalhe diligentemente, não trapaceie e colherá os frutos. Sempre colherá.
Se quiser ser amado, seja amável, seja digno das pessoas gostarem de você, seja apaixonante, para que as pessoas se apaixonem por você. Se quiser ter boa saúde, não maltrate o seu organismo, não o faço ingerir coisas (comidas ou bebidas) que irão fazê-lo adoecer, mais cedo ou mais tarde.

Em suma, se quiser ter um amanhã melhor, comece a trabalhar hoje, agora, para ser digno dos bons frutos que, com certeza, virão. Mas, não se engane, tudo o que se quer conseguir, exige esforço, dedicação e paixão. Sempre.

sábado, 10 de outubro de 2009

APELO À DEMISSÃO DO PRESIDENTE DO COMITÊ NOBEL



A dirigente do principal partido da oposição norueguesa pediu hoje, sábado, a demissão do presidente do Comité Nobel que atribuiu o Prémio Nobel da Paz a Barack Obama.

Segundo Siv Jensen, as novas funções de Thorbjoern Jagland como presidente do Conselho da Europa ameaça a sua independência e credibilidade.

"Seria politicamente inteligente que Thorbjoern Jagland, nestas circunstâncias, se demita para evitar mal entendidos", declarou a líder do Partido do Progresso (direita) ao jornal Bergens Tidende.

Antigo primeiro-ministro trabalhista (1996-1997) e chefe da diplomacia norueguesa (2000-2001), Thorbjoern Jagland foi eleito em finais de Setembro para novo secretário-geral do Conselho da Europa, meses após ter assumido as funções de presidente do Comitê Nobel norueguês, em Fevereiro.

Também a dirigente do partido conservador Hoejre, Erna Solberg, criticou a dupla função de Jagland, sublinhando que foi eleito para o Conselho da Europa com o apoio da Rússia e que por isso pode vir a obstar às candidaturas de oposicionistas russos.

Tal como Siv Jensen, Erna Solberg criticou a atribuição do prêmio Nobel da Paz ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que considera prematura.

O Conselho da Europa, que festeja dentro em breve 60 anos, é uma instituição pan-europeia que congrega 47 Estados (entre os quais a Rússia, a Turquia e os países do Cáucaso, mas não a Bielorrússia) destinada à defesa e promoção dos direitos humanos e democracia.

Realmente, a população do Afeganistão e do Iraque devem estar festejando com rojões, muita dança, música e alegria, a escolha de Obama para receber o prêmio Nobel da Paz... Sem comentários...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O que é o Sucesso ???


Sucesso
Discurso do publicitário Nizan Guanaes na formatura da FAAP


Autor Nizan Guanaes

Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, sou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns. Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.
 
Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. 

E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma. A propósito disso, lembro-me uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo." E ela responde: "Eu também não, meu filho".


Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar em realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna. Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega viver como homens.

Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu. Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões, Denilma e Rosângela, sua concubina. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito.



É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.


Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não sente-se e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia! 

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansear, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.

O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta.

Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quem mexeu no pai rico ??? Ou... Auto-Ajuda ou Atrapalha ???

Ele tá rindo... Afinal, conseguiu vender mais um exemplar do "Pai Rico..."

Pai rico, pai pobre lançou uma febre editorial. Bem, como sempre, livros de auto ajuda, em todos os setores acabam se tornando best sellers. As pessoas parecem precisar de fórmulas mágicas para poder atravessar a vida. Como se trabalho honesto, estudo, esforço, gratidão e empenho fossem dispensáveis.

Assim como "Quem mexeu no meu queijo?", que é pueril em seus conselhos, ensinando o óbvio como se fosse uma velada arte misteriosa dos segredos do universo, Pai rico é extremamente fora da realidade.

Mas, vamos nos ater um pouco no "Queijo"... Eu, já tive reuniões de staff onde, não só o livro, como também um audiovisual sobre o livro, foram muito discutidos e, obviamente, "doutrinados" no staff geral...

Alguns gerentes são conhecidos  por distribuir em massa cópias do livro para os funcionários, alguns dos quais veem isto como um insulto, ou uma tentativa de caracterizar um pensamento contrário (contra o gestor) como não "movendo-se com o queijo".

No ambiente corporativo, as gerências tem sido conhecidas por distribuir esse livro para os funcionários, durante épocas de "re-organização estrutural", "downsizing" e "outsourcing" (que belos termos para nomear os cortes e demissões...), em uma tentativa de retratar mudanças desfavoráveis ou desleais de uma forma otimista ou oportunista. Este desvio de mensagem do livro é visto por alguns como uma tentativa por parte de gestão organizacional para "domar" os funcionários de forma rápida e incondicionalmente assimilar os ideais de gestão, mesmo que possam ser prejudiciais a eles profissionalmente.

Mas, eu li "Quem mexeu no meu queijo". E, vi um livro que trazia uma mensagem batida, que todo mundo já sabia, como se fosse um grande mistério desvendado. E, o que é pior: Sua mensagem bem se encaixa para manobrar os funcionários. Realmente, se a pessoa não tem um pouco de discernimento, vai ler o livro e achar a mensagem positiva... Mas, e quando se tentar aplicar a mensagem ao "downsizing" que está havendo na empresa, onde vão cortar pelo menos 20 pessoas do seu departamento e você terá que trabalhar pelo menos por três ??? Aí, o livro serviu apenas para "preparar" o seu espírito para... O pior... É claro... E, se você está descontente, não seguiu a mensagem... Você não está indo na direção do queijo. E a firma, naturalmente, dispensará você...

Bem, com esse livro, começamos a ver como a "auto-ajuda" atrapalha. Só com o "Queijo", gerentes poderão ter em mãos um instrumento para docilizar, dobrar e moldar seus subordinados. Aí vemos um dos pecados desse tipo de literatura, que seria dominação de massas de funcionários (ignorantes e impensantes, diga-se de passagem).

Mas, a coisa toda fica pior. Bem pior. "O segredo" é ridículo. Eu já o li, e, pensei: "Como um livro tão óbvio fez tanto sucesso???"...
A lei da atração... Ora, eu posso ficar um mês inteiro pensando boas coisas para fazer a lei da atração funcionar... E não conseguir nada...
Mas, a mensagem tem que ser espalhada... E, neste caso, como se espalhou...  Em dezenas de outros livros, filmes, canecas, camisetas, canetas, lancheiras... Tudo pelo bem do sucesso e prosperidade... Pelo menos de quem inventou esse tipo de livros e essas tralhas.  O Dr. Lair Ribeiro(um grande guru de auto-ajuda) também dizia que nunca aplicou em si mesmo as fórmulas que aconselhava para os outros, por isso, não tinha certeza se iam funcionar.

Agora, voltamos ao Pai rico... É um livro também ridículo, mas, como tem a fórmula mágica para enriquecer, fez (e ainda faz) muito sucesso...

Vejamos, em breves linhas, o que o livro "aconselha"

O tema central do Pai Rico é que você nunca vai ficar rico perseguindo um salário mais elevado, aparentemente a ética do trabalho duro e honesto é para otários. O que você precisa fazer é "concentrar seus esforços em apenas comprar os ativos de geração de renda." Como? Acontece que sempre que Robert Kiyosaki(o autor) oferece um exemplo da sua vida, quase que invariavelmente envolve especulação imobiliária.

É difícil julgar a veracidade de suas não-muito-específicas alegações  nesta frente, e tanto quanto se sabe, o interesse da imprensa em Kiyosaki, até à data tem sido limitado a entrevistas brandas que reiteram o valor de temas de seu livro(mais promoção grátis do que informação real mesmo). Um crítico de Kyiosaki, o escritor imobiliário  John T. Reed, foi mais fundo. Ele questiona, entre outras coisas, se o pai rico ainda existe.

John T. Reed fez críticas muito contundentes, falando sobre "Pai rico, Pai pobre  contém muitos conselhos errados, muitos maus conselhos, alguns conselhos perigoso, e praticamente nenhum bom conselho."

Reed enumera alguns dos "conselhos" :


  • "Se você vai falir, quebre em grande estilo"
  • Convencer as pessoas que a faculdade é para otários
  • Advoga cometer crimes: ter amigos ricos para a negociação de ações com base em informações não-públicas, privilegiadas, ele diz: "É para isso que são os amigos"
  • Recomenda a fraude fiscal através da dedução das férias e encargos de clubes de saúde

Porém, um dos temas recorrentes do livro é o uso de bens imobiliários como forma de aumentar o patrimônio (como vimos acima), e, especular sobre este patrimônio para aumentar rendas. E, aí temos a raíz de alguns de nossos problemas...

Aqui chegando, nos deparamos com o seguinte: Livros podem ser perigosos, pelas mensagens que eles passam. No caso do "Queijo", se tornam mecanismo de controle, no caso do "Segredo", uma fórmula mágica para alienar-se da realidade e no caso do "Pai rico", catastróficos conselhos para acumular patrimônio via mercado imobiliário, o que, se não está fazendo as pessoas ficarem ricas, está dificultando a vida de todo mundo.

Sim... Os conselhos errados de Robert Kyiosaki fizeram a cabeça de muita gente, especialmente aqui no Brasil. Vemos que a especulação imobiliária atinge níveis astronômicos: Comprar uma casa, um terreno hoje, é muito mais difícil do que era, digamos, vinte anos atrás. Todos que leram o livro, começaram a hiper valorizar bens imobiliários, fazendo o mercado inflacionar, de forma artificial.
Hoje, pequenos apartamentos, kitinetes, estão sendo vendidos a peso de ouro. Coisa fora da realidade. E, essa ilusão de riqueza fácil apenas está dificultando a vida de todos, já que todos precisam morar. E, do jeito que o mercado imobiliário se inflacionou, está muito difícil conseguir onde. Talvez numa periferia muito barra pesada, talvez até em outra cidade. Mas, de qualquer forma, a qualidade de vida se deteriora. E, ao invés de tornar uma minoria muito rica ou próspera, apenas deixa todos mais miseráveis...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Imbroglio de Honduras...

Zelaya lá... Lula aqui...



Pasmem todos... Eu já me referi a Honduras e o golpe antes. Só não tinha muitos dados, muito conhecimento do que havia acontecido. Como na América latina estamos acostumados a ver golpes de estado, onde, geralmente, militares insubordinados derrubam presidentes legitimamente eleitos, fiz uma ideia (preconcebida) do que aconteceu.

Mas... Não foi assim... Aliás, não foi nada disso... O presidente Zelaya, que ora posa de mártir foi deposto sim... Infelizmente, como num pastelão dos 3 Patetas, o que deveria ter sido um impeachment, completamente legal e dentro da constituição hondurenha, acabou se tornando uma comédia de erros...

Então, graças a uma leve pesquisa na internet, aqui seguem os fatos dessa comédia, que agora tem nosso presidente e nossa embaixada como coadjuvantes...

Um membro da oligarquia rançosa que ele agora denuncia, Zelaya tomou posse em 2006 como líder de um dos dois partidos de centro direita que têm dominado a política de Honduras por décadas. Sua plataforma geral, o seu apoio ao acordo de Livre Comércio com os Estados Unidos e suas alianças com organizações empresariais não deu nenhuma noção do fato de que, na metade do seu mandato, ele se tornaria um vira-casaca político.

De repente, em 2007, ele declarou-se socialista e começou a estabelecer laços com a Venezuela. Em dezembro daquele ano, ele incorporou Honduras à Petrocaribe, um mecanismo criado por Hugo Chávez para doar subsídios de petróleo na América Latina e do Caribe em troca de subserviência política. Então, seu governo se juntou a Alternativa Bolivariana para América Latina e Caribe (ALBA), a resposta da Venezuela para a Área de Livre Comércio das Américas, ostensivamente uma aliança comercial, mas, na prática, uma conspiração política que visa a ampliar a ditadura populista para o resto da América Latina América.

Agora é que vêm as coisas interessantes... O que Zelaya fez então ?
Bem, seguindo o script Chavista, em 2007 ele tentou forçar a mudança na constituição hondurenha, como já haviam feito Evo Morales na Bolívia e Rafael Correa no Equador, fazendo um referendo para mudar uma cláusula pétrea da constituição hondurenha, para que permitisse a sua reeleição.

Nos meses seguintes, cada corpo jurídico em Honduras - o tribunal eleitoral, o Tribunal Supremo, o procurador-geral, o Provedor de direitos humanos - declarou o referendo inconstitucional. Segundo a Constituição de Honduras (artigos 5 º, 373 e 374), os limites de mandato presidencial não pode ser alterado em qualquer circunstância; e, jamais por um referendo popular...

O congresso de Honduras, o próprio Partido Liberal de Zelaya e a maioria dos hondurenhos (em várias pesquisas) expressou seu horror diante da perspectiva de ter Zelaya perpetuar-se no poder e trazer Honduras para um estado similar à Venezuela de Chávez. Em desafio as ordens judiciais, Zelaya persistiu. Cercado por uma multidão que o apoiava, ele invadiu as instalações militares onde as cédulas para o referendo estavam guardadas e ordenou-lhes a distribuíção. Os tribunais declararam que Zelaya colocou-se à margem da lei, e o congresso começou um processo de impeachment.

Bem, agora é que vem a trapalhada... Se Zelaya tivesse sido normalmente processado e legitimamente afastado do poder, nada disso estaria acontecendo.

Mas, num gesto muito precipitado, os militares assaltaram o palácio presidencial e expulsaram Zelaya do país. O congresso hodurenho seguiu o rito processual normal, realizou o impeachment de Zelaya a sua revelia, nomearam Roberto Micheletti presidente interino e seguiam normalmente para eleições agora em novembro próximo.

Não fosse uma campanha bem orquestrada por Hugo Chávez, que atraiu a atenção internacional para Zelaya e o mostrou como vítima, um presidente eleito legitimamente sendo derrubado por militares, por ser "socialista".

Claro que Chávez não iria perder a chance de expandir seu poder, e, ter um aliado (leia-se fantoche) que iria aumentar sua influência nas Américas, sendo assim tão facilmente tirado de cena.

Então, Zelaya esteve na Venezuela, com Chávez, depois veio ao Brasil, fazendo um jogo de cena, em que nosso presidente mais uma vez bancou o "que não sabia de nada" - E nesse caso, realmente não sabia, já que em todas as vezes se referiu ao governo interino de Honduras como golpistas...

O resto, está acontecendo há dois dias: Zelaya voltou ilegalmente a Honduras e se escondeu na embaixada brasileira, orientado por Chávez. E de lá, faz seu palanque e atrai os holofotes do mundo inteiro.

Infelizmente, como em diversas outras ocasiões de nossa história recente, nosso presidente mais uma vez está desempenhando um papel muito indigno.

Como na crise da Petrobrás, na Bolívia com Evo Morales, ou a crise de Itaipu, com Fernando Lugo, infelizmente, nessa comédia que se tornou a crise hondurenha, nosso presidente está fazendo o papel de palhaço... Novamente...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Viver do Passado




Viver do passado é cultivar espinhos,
é sofrer dobrado, é não enterrar os mortos,
viver em luto permanente, morrendo também
um pouco a cada dia, é andar por caminhos tortos.

Viver de recordações, sejam alegres ou tristes,
é olhar para o jardim e ver as flores murchas,
clamando por água e cuidados, e nada fazer,
é um descuidar-se da vida, um suicídio lento,
que leva ao desamor e a auto-piedade,
forma horrível de se menosprezar,
um jeito de não se amar...

Viver de sonhos desfeitos e arrumar culpados,
é uma forma de escapar das nossas responsabilidades,
se esconder nas fraquezas, se perder no medo,
medo de vencer, medo de conquistar e perceber,
que em cada um de nós, existem forças maiores,
luzes que nos transformam de vencidos em vencedores.

A vida é um risco constante, nada é certo ou calculado,
quando assumimos o risco de viver, de lutar, de amar de novo,
estamos sujeitos ao fracasso, ao erro,
e sempre que algo dá errado, é a vida mostrando;
que não planejamos, que acreditamos demais,
que fechamos os olhos para a verdade,
que esquecemos de valorizar alguma coisa,
e quase sempre, o que esquecemos,
o que deixamos de levar em conta,
é o mais importante,
É o amor que não tivemos
É o cuidado que não dispensamos
É o erro que cometemos por sentir que nada daria errado ou mudaria.

Mas, as coisas mudam. E, só duas coisas não podemos desperdiçar: O tempo, que não volta, e a saúde, que também é muito difícil de reconquistar...

Por isso, muito cuidado com seus atos. Só eles podem atrapalhar a sua vida. Mais ninguém.

Rosângela de Fátima

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ideologia, eu quero uma pra viver...

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras... Então...





Saudades de nosso poeta maior, Cazuza, que há tantos anos atrás compôs Ideologia, tão mais atual hoje do que naqueles tempos...





Para um melhor efeito, clique Play (o botão parecido com |> ) nos dois vídeos ao mesmo tempo...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Pior que a Epidemia de Gripe, é a Epidemia do Medo




A nova "febre" do momento não é uma febre, mas, uma gripe. E, bastante fatal.
Porém, de uma epidemia que surgiu do nada e se alastrou como fogo num capinzal seco, analisemos o contexto em que ocorreu...

Desde o ano passado, estamos vivendo a crise das hipotecas dos EUA. Crise esta que atingiu o mundo inteiro e provocou muitos danos. A crise era o assunto número 1 da mídia, com os relatos de firmas fechando, desemprego aumentando, bancos quebrando. Enfim, caos total em todo o mundo.

Mesmo a China, um emergente na nova economia sofria com os tropeços da economia americana.

Eis que, sem mais avisos, repentinamente, outra notícia de maior teor alarmista tomou os noticiários: A epidemia de gripe suína mexicana.
Rapidamente, a crise das hipotecas foi esquecida. As notícias passaram a focar somente a tão malfadada gripe e seus efeitos e contágio.

Estranho... A crise acabou ??? Não... Continua tão ruim ou mesmo até pior. Mas a mídia tem outro bandido a perseguir. Não é Bin Laden, não é o presidente do Irã, não é o Di Caprio.

Porém, a velocidade e o atropelo dos acontecimentos nos faz pensar se tudo não passou de um teatrinho... Justamente para desviar a atenção dos problemas maiores que estamos enfrentando. Lembram-se do George W. Bush ???

Quando a popularidade dele estava em baixa, ele sempre achava algum país do "eixo do mal" para invadir e justificar seus gastos com armamentos. E, geralmente funcionava. Até que a população se fartou de ter filhos, amigos, parentes, maridos, esposas sendo mortos para um teatrinho.

O retrospecto de notícias da gripe insinua que ela foi fabricada, foi plantada como uma distração.
Entre 2005 e 2006, cientistas do CDC de Atlanta pesquisavam uma forma de trazer o vírus da gripe espanhola (curiosamente, também denominado de H1N1) de volta à vida, para estudos. A notícia está aqui
Bem, muito pouco se falou sobre o desenrolar deste experimento. Na verdade, foi até esquecido pela mídia.

Mas, vamos um pouquinho mais além. Em 2008 tivemos um filme muito famoso, com o Will Smith, "Eu sou a Lenda", que tratava de uma epidemia mundial que tinha dizimado 80% da população. As cenas com Will Smith perambulando por uma Nova Iorque deserta e abandonada são de dar calafrios... Seria uma coincidência o lançamento deste filme, e, depois essa epidemia acontecer ???
Ou talvez, no imaginário coletivo já estivesse sendo plantada a semente do desespero ???

A verdade é que esta gripe, que é muito grave, está tendo uma importância maior do que merece, já que, se tornou o novo vilão no imaginário popular.
A gripe comum mata muito mais por ano que esta já matou. Sem falar em outras doenças.

Mas... Gripe comum não vende Tamiflu, não é mesmo ??? E, os fabricantes de Tamiflu precisam desse terror, desse desespero inconsciente para um belo reforço de caixa.

O governo da Suiça, país do laboratório Roche, está investigando como o laboratório tinha um estoque tão grande de Tamiflu se não havia uma necessidade iminente para sua produção...? Quem sabe os números de caixa sejam a justificativa.

Mas, antes de sucumbir ao medo e ao desespero, existe um ótimo vídeo sobre a epidemia e sua possível fabricação, o qual posto a seguir





Assim prezados leitores, tenhamos coragem para poder atravessar mais essa crise. Desta vez uma epidemia. Mas, mais uma epidemia de medo, de desespero e terror do que uma epidemia de verdade.

domingo, 12 de julho de 2009

Sempre as Piores Escolhas...



A liberdade de escolha é um dom do ser humano. Dom e prerrogativa. Pelo menos nas sociedades ocidentais democráticas. Mas, o que dizer das escolhas erradas ? De escolher quase sempre o pior ? Não... Não é um privilégio nosso, do Brasil, dos brasileiros, as escolhas erradas...

Muito antes, na época de Cristo, os judeus já exercitaram o direito de escolher errado, escolhendo libertar Barrabás e crucificar Jesus, o salvador... É... A coisa é antiga. E, também não é privilégio de países do terceiro mundo ou de gente ignorante.
Afinal, os americanos elegeram George W. Bush duas vezes consecutivas. E, é um dos países onde os direitos civis são mais respeitados no mundo todo. E então ? O que se passa...?

Nélson Rodrigues já dizia que "Toda unanimidade é burra", então, devemos desconfiar quando todo mundo quer uma coisa só, deposita numa só pessoa toda a sua fé e confiança, quer apenas um caminho.
Realmente, a existência do contraponto ajuda, ajuda a montar um quadro maior do quê aquilo que se observa. E, Como estamos precisando observar mais...

Mas, estamos agora vivendo um momento turbulento, de grandes convulsões sociais. A crise americana, que se tornou mundial, só fez acirrar os ânimos e desacreditar a esperança. Esperança de dias melhores, esperança de novos horizontes. Esperanças que vão morrendo lentamente.

E, principalmente, uma esperança que nossa população tinha. Na verdade, nossa população tinha esperança no governo do presidente Lula do PT, já que o voto em Lula foi um voto de protesto e rompimento com velhas estruturas.

Mas... Alguma coisa mudou ??? Alguma estrutura foi rompida ??? Não... Infelizmente não... Os ditos programas sociais, que seguiram os do antigo governo(FHC) apenas institucionalizaram a esmola, e, nas palavras de Dom Mauro Morelli, ex-bispo de Duque de Caxias, RJ, que tão bem colocou: "Tenho procurado sugerir ao Governo que faça com urgência sua avaliação, ouvindo os críticos comprometidos com a erradicação da miséria e dos males da fome. Não conseguimos avançar como era sonhado." Na verdade, qual avanço houve? Nenhum, apenas a instituição do bolsa isso, bolsa aquilo, vale aquilo outro. Ações que apenas aumentam a indignidade e dependência do ser humano, ultrajando e rebaixando o seu valor enquanto pessoa.

Continuando com a manutenção do que era antigo, ultrapassado, obsoleto por todos os pontos de vista, temos novamente Renan Calheiros e o senhor José Sarney em posição de poder em Brasília. Mesmo agora, que todos os escândalos passados começam a aflorar, rios de lama começam a verter, qual posição temos de nosso governo dito socialista ??? "Temos que preservar o senador Sarney pela governabilidade" - bradou em bom tom o senador Aloízio Mercadante no congresso... Que atitudes são essas ??? E, a ministra Dilma, confessa pré-candidata: "Não podemos demonizar José Sarney por tudo de errado que acontece no senado"... É... Quem te ouviu e quem te vê... Uma corajosa guerrilheira, agora lutando por um duvidoso aliado, por conta das próximas eleições...

John E. E. Dalberg Acton dizia: O poder corrompe. E o poder absoluto corrompe absolutamente. Agora fica no ar a pergunta:
Seriam nossos atuais governantes petistas já corrompidos??? Ou se corromperam ao chegar ao poder ??? Ou apenas esperavam uma oportunidade para se corromperem ???
O certo de tudo isso é que, mais uma vez, escolhemos com o coração e, nesse ímpeto de paixão sem lógica, ficamos novamente a ver navios. O mal de todos esses erros, desmandos e desenganos é que a nossa bela e amada democracia vai, pouco a pouco, tendo minada a sua confiança. Cada vez menos brasileiros acreditam nela, ou na classe política ou nas instituições. E, se abrem perigosas brechas para que acontecimentos como o recente golpe em Honduras se repitam, já que a população não acredita em sua classe política e nem nas instituições, por que lutar por elas ???

Apenas uma lembrança: Ano que vem vamos votar para presidente novamente. Votemos com mais consciência. A sobrevivência da democracia depende disso.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cuidado com os burros motivados



Prezados, semana de muitas revelações surpreendentes: A GM pede concordata, o voo 447 da Air France desaparece no mar, muito chumbo grosso por todos os lados...
Mas, me enviaram por e-mail esta deliciosa entrevista com o Roberto Shinyashiki, que agora eu partilho com vocês. Ele trabalha com a área motivacional, e, eu me considero um motivador, portanto, penso que jogamos no mesmo time. Mas, sem mais delongas, Dr. Roberto Shinyashiki, entrevista para a revista Istoé - 19/10/2005

ISTOÉ – Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki –
Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa
de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado,
viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

ISTOÉ – O sr. citaria exemplos?
Shinyashiki –
Dona Zilda Arns, que não vai a determinados programas de tevê nem aparece de Cartier, mas está salvando milhões de pessoas. Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito “100% Jardim Irene”. É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

ISTOÉ – Qual o resultado disso?
Shinyashiki –
Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

ISTOÉ – Por quê?
Shinyashiki –
O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

ISTOÉ – Há um script estabelecido?
Shinyashiki –
Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente
de multinacional no programa O aprendiz? “Qual é seu defeito?” Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: “Eu mergulho de
cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar.” É exatamente o que o chefe
quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
O vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: “Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir.” Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?

ISTOÉ – Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki –
Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

ISTOÉ – Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki –
Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parece que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

ISTOÉ – Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki –
Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: “Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham.” Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTOÉ – O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki –
Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

ISTOÉ – É comum colocar a culpa nos outros?
Shinyashiki –
Sim. Há uma tendência a reclamar, dar desculpas e acusar alguém. Eu vejo as pessoas escondendo suas humanidades. Todas as empresas definem uma meta de crescimento no começo do ano. O presidente estabelece que a meta é crescer 15%, mas, se perguntar a ele em que está baseada essa expectativa, ele não vai saber responder. Ele estabelece um valor leatoriamente, os diretores fingem que é factível e os vendedores já partem do princípio de que a meta não será cumprida e passam a buscar explicações para, no final do ano, justificar. A maioria das metas estabelecidas no Brasil não leva em conta a evolução do setor. É uma chutação total.

ISTOÉ – Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki –
Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: “Quem decidiu publicar esse livro?” Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

ISTOÉ – Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki –
O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.


ISTOÉ – Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki –
A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: “Você tem de estar feliz todos os dias.” A terceira é: “Você tem que comprar tudo o que puder.” O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: “Você tem de fazer as coisas do jeito certo.” Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você precisa ser feliz tomando sorvete, levando os filhos para brincar.

ISTOÉ – O sr. visita mestres na Índia com freqüência. Há alguma
parábola que o sr. aprendeu com eles que o ajude a agir?
Shinyashiki –
Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um
hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: “Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero ser feliz.” Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora
da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis. Uma história que aprendi na Índia me ensinou muito. O sujeito fugia de um urso e caiu em um barranco. Conseguiu se pendurar em algumas raízes. O urso tentava pegá-lo. Embaixo, onças pulavam para agarrar seu pé. No maior sufoco, o sujeito olha para o lado e vê um arbusto com um morango. Ele pega o morango, admira sua beleza e o saboreia. Cada vez mais nós temos ursos e onças à nossa volta. Mas é preciso comer os morangos.


Pois é amigos, vamos comer morangos, que o mundo não vai parar para nós sermos felizes...

terça-feira, 19 de maio de 2009

A Misericórdia Alcança A Todos !



A compaixão do Buddha estendia-se igualmente a todos os seres. Relatam-nos alhures nas escrituras: “Certa vez o Sublime observava um rebanho de carneiros que avançava lentamente, conduzido pelos pastores.
Chamou-lhe a atenção uma ovelha com dois cordeirinhos, sendo que um deles, ferido, caminhava penosamente. Buddha tomou-o nos braços e exclamou: “Pobre mãe, tranqüiliza-te. Para onde fores levarei teu querido filhote. É preferível impedir que sofra um animal, a permanecer sentado nas cavernas contemplando os males do universo”.

Sabendo pelos pastores que o rebanho seria levado à noite para o sacrifício e imolado em honra aos deuses por ordem do rei, o Buddha resolveu acompanhar o rebanho. E os seguiu pacientemente.

Chegando à sala dos holocaustos, observou brâmanes fazendo orações e preparando o fogo crepitante do altar. Um dos sacerdotes, apoiando a faca no pescoço estirado de uma cabra, exclamou: “Eis aí, ó deuses, o princípio dos holocaustos oferecidos pelo rei Bimbisara. Regozijai-vos vendo correr o sangue e gozai com a fumaça da carne tostada nas chamas ardentes; fazei com que os pecados do rei sejam transferidos a esta cabra e que o fogo consuma-os ao queimá-la; vou dar o golpe final...”

Aproximando-se, o Buddha disse docemente: “Não a deixeis ferir, ó grande rei!”, ao mesmo tempo que desatava os laços da vítima, sem que ninguém o detivesse, tão imponente era Seu aspecto. Depois de haver pedido permissão, falou da vida que todas as criaturas amam e pela qual lutam; da vida que todos podem tirar, mas ninguém pode dar; a vida, esse dom precioso para todas as criaturas, maravilhoso e caro a todos, mesmo aos mais humildes e ínfimos, um dom precioso para todas as criaturas que sentem piedade, porque a piedade faz o homem doce para com os débeis e nobre para com os fortes.

O Sublime emprestou às mudas criaturas do rebanho palavras enternecedoras para defendê-las; demonstrou que o homem que implora clemência aos deuses não tem misericórdia; ele, que é como um deus para os animais, fez ver que tudo o que tem vida está unido por um laço de parentesco; que os animais que matamos nos deram o doce tributo de seu leite e sua lã e depositaram sua confiança nas mãos de quem os degolam.

E concluiu: “Ninguém pode purificar com sangue sua mente; se os deuses são bons, não se comprazem com o sangue derramado, e se são maus, não podem lançar sobre um animal o peso de um fio de cabelo, sequer, dos pecados e erros pelos quais se devem responder pessoalmente. Cada um deve se dar conta de si mesmo, segundo esta aritmética do universo, dando a cada um sua medida segundo seus atos, palavras e pensamentos, lei exata, que vigia eternamente e faz com que o futuro seja fruto do passado...” Falou com tal misericórdia e dignidade, inspirado pela compaixão e justiça, que os sacerdotes lavaram suas mãos de sangue e despojaram suas facas. O rei Bimbisara tornou-se seu discípulo.

Assim amigos, a misericórdia alcança a todos os seres. Desde o mais humilde, ao mais elevado.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Com as Pedras que Me Jogaram, Construí o meu Castelo




Amigos, quantas situações que vivenciamos, em que as pessoas que nos querem mal acabam por nos fazer um bem, nos impulsionando a ir mais longe ???

Leiam este texto, uma história até bem conhecida, de como o mal que nos desejam e nos fazem pode nos empurrar adiante, e, nos fazer ir além dos nossos limites...

Há uma parábola sobre um agricultor cuja velho cão caiu em um velho poço seco .

Após avaliar a situação, o agricultor se compadeceu com o cachorro, mas decidiu que nem o cão nem o poço valiam a pena salvar.

Em vez disso, ele planejou enterrar o velho cão, no poço e aliviá-lo de seu infortúnio.

Quando o agricultor começou jogar terra no poço, inicialmente, o velho cão entrou em pânico.

Mas então ocorreu ao cão que toda vez que uma pá de terra era jogada nas suas costas ele poderia se sacudir, botar a terra pra fora e subir no monte de terra que ele sacudiu.

Isso então, ele foi fazendo, pá após pá de terra. Sacudir e subir, agitar a terra pra fora e escalar o montinho de terra.

O cão então tornou a encorajar-se.
Não demorou muito, o cão emergiu , triunfantemente fora do poço. O que ele pensou que iria enterrá-lo, na verdade, beneficiou-lhe, tudo por causa da maneira como ele manejou a adversidade.

Assim, no nosso dia-a-dia, observemos como nos fazem mal, como nos colocam obstáculos, como nos impedem a passagem... E, sejamos corajosos como este velho cão, que mesmo na pior adversidade, encontrou o caminho para, literalmente, sair do buraco.

Deus os abençoe amigos.

domingo, 5 de abril de 2009

Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.


Amigos, tenho estado bem ocupado, mas, encontrei essa imagem na net... E, me veio a raposa do Pequeno Príncipe à mente... O delicioso diálogo da raposa é uma das melhores partes (senão a melhor) do livro de Saint-Exupéry...

- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem
- Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços.
- Criar laços?
-Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
-Começo a compreender, disse o principezinho.
-Existe uma flor. . . eu creio que ela me cativou ...
-É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra ...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom ! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam.
galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me
aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de teus passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem fugir para debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha
longe, os campos de trigo?
Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me dizem coisa alguma. E isso é triste Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo ...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo
amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não
têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos, Se tu queres um cativa-me!
-Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
-É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto ..
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca há hora de preparar o coração ... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa, É o que faz com
dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta feira então é o dia maravilhoso!


Amigos... Possamos olhar ao mundo com toda a inocência que a criança dentro de Antoine Saint-Exupéry olhou... E, com sua candura, questionou o mundo dos adultos. Muita paz!!!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Qual a Hora de ser feliz ???



Me mandaram este texto por e-mail. E, é um texto que faz pensar...

"A revista Isto É publicou uma excelente entrevista com Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.

Uma das perguntas desta entrevista, e a respectiva resposta, você verá a seguir. Medite sobre ela.

ISTO É – Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus, isso é verdade?

Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade:

A primeira, é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.

A segunda loucura é:

Você tem de estar feliz todos os dias.

A terceira é:

Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.


Por fim, a quarta loucura:

Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas.


As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.

Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.


Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais.

Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz:

"Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz".
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.

Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, ou por não ter comprado isto ou aquilo, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.


Isso faz pensar. E muito. Qual é a hora de ser feliz ??? A que devemos nos dedicar de verdade ??? Será que fazer hora extra vai comprar a tão sonhada felicidade ??? Ou pelo menos pagar a tranquilidade do nosso sono...???

A hora de ser feliz é agora. Tantas pessoas sacrificam sua vida pessoal pela carreira, pelo trabalho, pelo dinheiro, e, no final, acabam perdendo tudo. Nem se realizam como profissionais, e, deixam a vida passar diante de seus olhos, e, não conseguem se realizar como pessoas.
Quantas mulheres perseguiram o sonho da carreira, e, deixaram passar a oportunidade de constituir família e serem mães ???
Jennifer Aniston é uma dessas... Sacrificou-se pela sua carreira, e, agora, aos 40 anos, com o relógio biológico urgindo, quer ser mãe e ter uma família a qualquer preço. Será que consegue ???


quarta-feira, 18 de março de 2009

Fazer a Diferença


Numa manhã de verão, na beira de uma turística praia do nordeste, um pescador que havia colocado suas redes na noite passada, estava pacientemente devolvendo ao mar as estrelas do mar que tinham ficado presas nas suas redes, e, as ostras e mariscos também.
Era um trabalho de paciência. Nisso, se aproxima um turista e pergunta curioso:
-O quê o senhor está fazendo ???
-Devolvendo ao mar o que não é peixe. Afinal, só retiro para me sustentar ou vender, o resto eu devolvo.
-Essa praia é muito grande... Deve ter outros pescadores... Será que eles fazem assim também ?
-O que os outros fazem não é problema meu e não me interessa. Me interessa o que eu faço. E, isto é que é o correto para mim. Não tirar da natureza o que for mais do que eu preciso.
-Mas... Como eu disse... A praia tão grande, com tantos pescadores e tantas redes... Que diferença isso vai fazer ?
-Olha moço, pra todas as ostras e estrelas do mar que eu devolvi de volta ao oceano, fez diferença...

Um ditado chinês diz: "Mesmo um grão de arroz pode desequilibrar uma balança. Assim, mesmo um só homem pode fazer a diferença". Tenham coragem, sigam em frente. E, façam a diferença. Mesmo que vocês estejam solitários neste caminho, e, ninguém esteja lhes acompanhando. As causas nobres sempre têm seguidores. É só uma questão de tempo para os homens bons se reconheceram e se associarem em busca de um bem maior.

Felicidades meus amigos. E, façam a diferença. Sempre

terça-feira, 10 de março de 2009

Dê Valor ao que Interessa...


Prezados... Imaginem a seguinte situação: Vocês estão de frente para uma represa, um dique, daquelas barragens de hidrelétrica. E, a tal barragem começa a rachar. Se a barragem ruir de vez, vai você e quem mais estiver na frente, literalmente por água abaixo...

Mas, você pode estancar o vazamento... No seu bolso você tem rolhas, sim aquelas de garrafas de vinho. E, conforme os vazamentos aparecem, você pode tampa-los. Claro que você tem que ter atenção, afinal seu número de rolhas é limitado. E, por incrível que pareça, cada rachadura tem um nome:
  • Família
  • Amor
  • Filhos
  • Estudo
  • Amigos
  • Saúde
  • Carreira
  • Lazer
E agora??? As rachaduras são muitas. As rolhas são limitadas, você tem que escolher quais buracos vai tampar com elas. E, é bem no estilo de ter um cobertor curto, que tapa a cabeça e descobre os pés.

E, é isso que ocorre na vida. As rolhas são as horas que temos em um dia. As rachaduras, são todos os assuntos, as pessoas, as relações, os compromissos, as responsabilidades, e, às vezes, as diversões, que temos que dar atenção no decorrer do dia.

Claro que, quando nós olhamos para as "rachaduras", não damos a devida atenção para algumas... E, o resultado é que vai tudo por água abaixo.
Você olha a sua namorada e pensa: Ahhh, depois eu converso com ela. Tenho outras coisas mais importantes para fazer. Pois é... Quem sabe amanhã ela pode estar sendo atropelada quando cruza a esquina. Ou se descobre com um câncer inoperável no cérebro ??? Uma coisa que aprendi é: Na vida, tudo pode acontecer. E, geralmente acontece.

Situações que jamais esperaríamos, acontecem. Pessoas que pensamos jamais perderíamos... Perdemos.
A vida é cruel se as escolhas que se faz são erradas. As pessoas duram muito pouco. A vida passa rápido demais. E, infelizmente, a vida corre num fluxo que torna quase impossível retornar. Geralmente, o que passa, passa... E, a correnteza da vida leva, muitas vezes para não mais voltar.

E, como poderíamos tapar as rachaduras certas ??? Lembrem-se sempre: As pessoas são as únicas coisas que importam de verdade na vida. Carreira, emprego,dinheiro, estudo, tudo isso se consegue, mais cedo ou mais tarde.
Amigos, familiares, mães, pais, filhos, amores, saúde, são coisas que não podemos deixar passar, de forma nenhuma. Esses elementos de nossas vidas são únicos, e, insubstituíveis. Não voltam, de forma nenhuma.

Claro que, nem todas as pessoas têm a mesma escala de valores. Mas, justamente, estou escrevendo para pessoas, sobre pessoas. Você tem todo o direito de querer ser um Roberto Justus da vida, um Bill Gates, um Rockfeller. Agora... Não pense que isso será sem sacrifícios. Aí, é necessário observar se os sacrifícios compensam as coisas que você quer alcançar.

Não pense que você vai chegar ao topo na firma, sem sacrificar muitas coisas: Noites de sono, namoros, amigos, reunião com a família. Você pode sacrificar tudo isso... Mas, e depois...??? Se é com eles que vale a pena comemorar a vitória, festejar o sucesso...
Geralmente quem se alienou de tudo e todos para chegar ao topo, tem vitórias. Mas, são sempre vitórias vazias, já que deixou para trás muitas pessoas pelo caminho. E, o preço, na maior parte das vezes, não compensa.

A mesma coisa é o outro lado, o lado pessoal, a família. Você tem sonho de casar??? Formar uma família??? Ter filhos ??? Talvez o que eu vá dizer para você, vá cair como um balde de água fria... Mas, para ter sucesso em uma família, você vai ter que se dedicar a ela. Com muito afinco, e, com mais atenção do que sua própria carreira profissional. Seus filhos vão chorar à noite. E, talvez sua esposa(a mãe) esteja cansada demais para dar atenção a eles... Eles vão ficar resfriados, doentes muitas vezes, e, você vai ter que leva-los ao pediatra. Eles vão fazer apresentações na escola, teatrinhos, jograis... E, você vai ter que assistir... Sabe... Com atenção, com afinco, com vontade.
Afinal, nossos filhos são nossa contribuição para este mundo. Se quisermos um mundo melhor, teremos que começar em casa. Aí sim, com pessoas melhores, o mundo terá uma chance de ser melhor. Mas, tudo isso vai compensar. Quando eles estiverem recebendo seus diplomas, casando, trabalhando, achando a cura do câncer... Tudo isso vai ter valido a pena, e, você ainda vai pensar: Foi pouco... Queria ter dez vidas iguais a essa...

É isso mesmo amigos... Dêem valor ao que interessa... A vida é curta demais para negarmos amor ou negarmos que nos amem. Fiquem em Paz.