segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Hay que endurecer, pero sin perder la ternura

mickey_vara

Pois é... Grandes palavras de um personagem maior ainda. E, passar pela vida, endurecer, sem mudar, sem se perder... Ou mesmo, sem endurecer... Grande desafio.



É... Quantas vezes você já não parou, e ficou em reminiscências, sentiu saudade de você mesmo(a)... De como você se gostava mais. De como você gostava mais de suas atitudes. De como você era... Sim... Como temos saudades. Talvez nem tanto de lugares, cheiros, pessoas. Mas, de nós mesmos. E... O que foi que mudou ??? Como mudou ??? Onde você se perdeu ??? De si mesmo(a) ??? Sim... Porque temos caminhos... E, descaminhos...


Mas, voltemos à saudade de nós mesmos. O tempo passa, essa é uma verdade inexorável, e, a tendência é perdermos nossa inocência. Sim, o passar dos anos vai nos tornando calejados, porém aí, duas coisas se apresentam. E, podem acontecer. Perder nossa inocência, ter uma visão mais realista, ter reações mais maduras. Esse é um efeito. Mas, também outra coisa pode ocorrer. E esta, com muito mais freqüência ocorre. Ao invés de amadurecer, de ter uma visão mais centrada, realista, acabamos nos tornando mesquinhos, cruéis, recalcados e maus. Sim... Diria-se que se passou de amadurecimento para apodrecimento, sem escalas. É... Tornar-se adulto, amadurecer, não é sinônimo de tornar-se recalcado, mesquinho, mau... Não... A vida não é assim. Por mais que as coisas possam parecer assim. Porque assim lhe foi ensinado. Porque assim foi com o pai, e antes, com o avô... Não... Está errado. E, não se pode perpetuar o erro, o descaminho, o desengano. Não... Se foi assim com o pai e com o avô, não precisa ser assim com você. Afinal, a falta de visão de muitos de nossos “parentes” é que nos coloca em situações difíceis, onde eles nos cobram ações que não condizem conosco. Foi bom para eles mesmos, em outros tempos, em priscas eras... Mas hoje, hoje não funciona mais. E não para nós.


Existem muitas responsabilidades que nos imputam. E, essas responsabilidades, esses fardos que não pedimos, e nos jogam nas costas, acabam por deformar. Não nosso corpo, mas, nossa alma. E aí, começa a nossa “bestificação”. Sim, pois é o momento em que deixamos nossa inocência, nosso frescor, nossa bondade (por vezes), para nos tornarmos aquele (ou aquela) que nossos pais (ou mães) projetaram: Talvez um clone deles, talvez um robô servil, mas, na maioria das vezes, um marionete, um fantoche. Sem vontade.


E então, começamos a pensar e sentir saudades... De quem fomos... Do que éramos... Mas espere. Pára tudo... Não. Não é assim. Isso está errado. Pense comigo: Você acha que o melhor de você, aquela pessoa que você gostava, que você gostava de ser, morreu??? Não existe mais ??? E, isso, por causa das agruras à que você foi submetido(a) ???


Não... Não morreu. Essa pessoa ainda existe. Existe dentro de você. Existe em seu coração e sua alma. Não foi por que te colocaram numa situação que não querias, fazendo o que não querias, que o teu íntimo se perdeu... Não se perdeu. Está lá. Adormecido. Com medo de sair pra fora. Onde tem luz do sol e calor. Mas, te fazem pensar: Isso é envelhecer. Isso é passar pela vida. Isso é amadurecer. Convenhamos: Ficar miserável, mesquinho, recalcado e mau... Isso não é amadurecer. Isso não é envelhecer. Isso, na melhor das hipóteses, é mal viver...


Mas, induzem a pensar que isso é passar pela vida. Não é. Isso é ser controlado, viver vigiado, e, preso numa prisão sem barras. Eu digo: Não se esqueça de quem você era. Não se esqueça de seus sonhos. Eles estão todos vivos dentro de você. Mas, lute para botá-los para fora. Ou, continuar nessa existência, que não é vida, vai acabar por matar. Não só o seu espírito, como sua saúde e bem estar.

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