quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O Céu e o Inferno


Era uma vez, no Japão antigo, um espadachim muito curioso sobre a espiritualidade. Ele queria saber sobre o céu, o inferno, o que viria após a morte.

Em suas andanças, ele cruzou, numa estrada, com um monge mendicante. O monge, seguia seu caminho, pacificamente orando seu rosário.

O Espadachim se aproximou do monge, e, perguntou-lhe:
"Monge, fale-me sobre o céu, sobre o inferno, sobre as coisas da alma".

E, o monge não lhe deu atenção, seguindo na estrada, orando seu rosário.
O espadachim se enfureceu, correu atrás dele, desembainhou sua espada, e o ameaçou: " Se continuar a me ignorar, vou cortar-te ao meio"

O monge apenas levantou os olhos e disse: "Meu filho, isso é o inferno"

O espadachim reconheceu o seu erro, se ajoelhou na frente do monge, fez reverência e lhe pediu perdão.

O monge então disse: " E isso, é o céu"

Então, amigos e amigas, o céu e o inferno estão no nosso coração, e nas nossas atitudes. Possamos a cada dia semear mais o céu do que o inferno.


Meus amigos, no dia 02/02/2009 o BLOG completou um ano de vida, desde o início, no outro servidor. À aquela pessoa que me mandou críticas positivas, me falando o quão depressivos eram os meus textos, mais de 1329 visitantes não devem pensar assim, já que são minha audiência cativa e me inspiram a continuar sempre escrevendo. A vocês todos que apreciam os meus textos, meu muito obrigado. Deus os abençoe.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Falsas memórias... Ou o pretérito nada perfeito

A Persistência da Memória - Salvador Dali

Nem todas as memórias que temos são reais. Pesquisadores descobriram ser comum a existência e criação de memórias sobre fatos que nunca ocorreram. Elas podem variar de pequenas distorções de fatos passados a histórias complexas e elaboradas criadas sem nenhuma base real. Essas memórias distorcidas e inventadas são chamadas de falsas memórias, e podem definir nossos sentimentos e comportamentos atuais.

Memória é a retenção e recordação de experiencias. Uma memória reprimida é uma que se diz ser retida na mente inconsciente, onde pode afetar pensamento e ação mesmo se aparentemente se esqueceu a experiência em que a memória se baseia. Uma falsa memória é uma memória que se baseia no ouvir dizer ou sugestão. A falsa memória difere da memória errônea. Esta baseia-se em experiencias reais que são recordadas incorretamente. Falsa memória são memórias de ter experimentado algo que na realidade nunca se experimentou.

As falsas memórias são criadas por meio de sugestões intencionais ou acidentais. Também podem ser criadas por estímulos do cotidiano. Em todos os momentos se está suscetível a ter as memórias modificadas e, por conseguinte, passar a pensar e sentir de forma enganosa sobre si próprio e os outros.

As pesquisas sobre falsas memórias colocam em cheque a veracidade dos relatos humanos. Mostram a necessidade de novas tecnologias para avaliar a adequação do que as pessoas falam. Atualmente, procura-se identificar o que acontece no cérebro quando se fala a verdade e quando se está mentindo. Mas, no caso de falsas memórias, essa tecnologia pode ser inadequada: as memórias são interpretadas pelo falante como verdadeiras, sejam falsas ou não. Ou seja, quem relata as memórias, o caso, a situação, realmente acredita que foi daquele jeito que ela conta que aconteceu de verdade.

Quais os mecanismos que disparam a Falsa Memória ???

  • Experiências Traumáticas: As experiências traumáticas são por definição esmagadoras, são "demasiado" para uma pessoa lidar e compreender. A resposta ordinária ao trauma consiste em banir a experiência da mente - fugir dela, esconder-se, ou reprimi-la. E, assim fazendo, a mente cria uma verdade alternativa para preencher a memória tão repulsiva.
  • Atitudes que vão na contra mão dos valores ou da ideia preconcebida que a pessoa tem de si mesma. O que ocorre é que a pessoa pratica um ato tão vil, que para se sentir bem consigo mesma, ela cria uma verdade alternativa que justifica todos os seus atos falhos e suas falhas de caráter.
  • Geralmente crianças são alvo da indução de falsas memórias. Geralmente por pais(mães) separado(a)s que projetam no genitor ausente alguma falha de caráter, ou comportamento falho e questionável, para então induzir a criança a odiar o genitor afastado, criando um cenário propício para que haja uma síndrome da alienação parental( doença que irá fazer sofrer muito a criança e os dois genitores).

Assim meus amigos, muitos relatos não condizem com a realidade. É uma memória fabricada, muitas vezes para encobrir a vergonha de ter que encarar a verdadeira verdade.
Quando escutarem: "Ele bebia", "Ele me traía", "Ele me tirava dinheiro", "Ele matou meus bichinhos de estimação", "Ele era péssimo pai, não ligava para os filhos", e, tantas outras ladainhas... Desconfiem da veracidade... Afinal, muitas pessoas se escondem atrás de memórias fabricadas para não ter que encarar seus próprios erros, e, assim, justificam seus atos culpando os outros.


(Adaptado do site http://www.pailegal.net)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O VAGA LUME E A SERPENTE

Conta-se que uma serpente começou a perseguir
um vaga-lume. O vaga-lume fugiu um dia e ela
não desistiu… Fugiu dois dias e nada da cobra desistir !
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou
e disse à cobra :

Posso lhe fazer três perguntas ?

Pode, respondeu a cobra.
Pertenço à tua cadeia alimentar ?
- Não.
Eu te fiz algum mal ?
- Não.
Então, por que você quer acabar comigo ?

E a serpente respondeu :

- Porque não suporto ver você brilhar…

Pense nisso…


Infelizmente, a qualquer momento, uma cobra pode cruzar
nosso caminho… Esteja sempre alerta, pois o que não
faltam são as serpentes querendo nos atrapalhar.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Tudo de novo... Ou... Ruy Barbosa deve estar dando voltas no caixão

Collor, Sarney e Calheiros... Que sonho louco é este ???

A recente eleição do Sr. José Sarney para a presidência do senado nos coloca novamente em questões interessantes. Tais como o velho ditado "entra Juca e sai Manduca e o baile continua sempre armado", ou ainda "muda a mosca, mas a m... continua a mesma".

No caso, a nossa política que não se renova. Os mesmos mandatários, que vêm há mais de quarenta anos dando as cartas, continuam na mesa. E, continuam com muito poder. O interessante da eleição do Sr. José Sarney, foi justamente o apoio e a figura onipresente do senador Renan Calheiros, que, andava, por assim dizer, desaparecido dos holofotes, desde a sua renúncia em 2007.

Na verdade, Renan trabalhou muito para eleger Sarney. Principal articulador da candidatura de Sarney, Renan conseguiu reunir votos favoráveis ao peemedebista acima do número inicialmente esperado pelo grupo pró-Sarney. Renan negociou a candidatura do colega de partido desde o final do ano passado, antes de Sarney lançar seu nome oficialmente na disputa.

Renan fortaleceu-se politicamente depois da ampla vantagem no placar da vitória de Sarney: 49 votos para a presidência do Senado contra 32 recebidos pelo senador Tião Viana (PT-AC).

E, o interessante disso tudo, ele (Renan) sempre fez questão de aparecer ao lado do vencedor Sarney, mandando um recado claro a todos: Tenho Poder... Estou por cima...

Sabendo-se que em política, é dando que se recebe, qual seria o retorno para o senador Renan ??? Ouve-se falar que ele será o corregedor do senado, auxiliando o presidente da casa José Sarney...

Nisso, me vem a memória o discurso de Ruy Barbosa, no senado da capital da república, em 1914...


"A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.

A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.

A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.

Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime (na Monarquia), o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre, as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade."


Ahh, como nos fazem falta homens públicos assim hoje em dia...