terça-feira, 27 de setembro de 2016

A Raiz de todos os males




É, é o dinheiro. Mas, dirão, dinheiro não é problema, é solução…

Sim, mas, é solução para os problemas que ele mesmo cria.

Senão, vejamos…

Dinheiro compra remédios, mas não compra saúde.

Dinheiro compra pessoas, mas não compra amigos.

Dinheiro pode comprar sexo, mas nunca vai comprar amor.

E, por quê escrevo sobre isso, agora ?

Por que estamos vivendo numa era de endividamento generalizado.

Sério, das pessoas que você conhece, qual delas não tem dívidas ? Não digo água, luz, gás. Mas dívidas de anos, para pagar em 20, 25, 30 anos ?

Vivendo na Pindura (institucionalizada)

Exato, vivemos um endividamento generalizado e institucionalizado.

Estudantes se endividam para pagar faculdade, pós-graduação, mestrado, cursos, etc…

Quem comprou carro novo, também está pendurado, por 24, 36 meses.

Casa então… Nem se fala, talvez 25 a 30 anos.

E… Nem os aposentados se safam… Com financeiras correndo atrás deles e oferecendo  empréstimos consignados, até os velhinhos entraram na dança, com casos sendo decididos na justiça, por uso abusivo da consignação em folha de pagamento.

As consequências são mais visíveis do que as causas

Oras, que o endividamento força as pessoas a trabalharem cada vez mais, isso é um desdobramento lógico. Isso vai ocorrer. MAS… Poucas pessoas estão atentas que consequências perversas isso traz.

No mercado de trabalho, a competitividade aumenta, aumenta a necessidade por qualificação, cursos, graduações, especializações e toda a sorte de títulos. Mas, o dia só tem 24 horas. Tudo que se faz, ao perseguir uma carreira, desequilibra todos os outros setores da vida: Casamento, namoro, noivado, amizades, paternidade, enfim, convívio social.

Sem falar que o clima de competição no mercado de trabalho definitivamente torna o ambiente tóxico, propenso a altos índices de stress e, muitas vezes, difícil de aguentar.

Pague para entrar, reze para sair

Isso mesmo, entrar num ciclo vicioso de dívidas é muito fácil. O banco A liga e oferece cartão de crédito, daí o banco B faz a mesma coisa, a rede de lojas C faz também.

E, todos com um alto limite de crédito. Daí para estourar o orçamento é um passo. Aliás, nem precisa estourar o limite de cada um, é só ter um saldo maior do que se pode pagar, e, entra-se forçosamente no crédito rotativo, que é um túnel dos horrores.

Mas, nem tudo começa assim. Muitas pessoas, por vezes, planejam suas dívidas de forma sóbria e calculada.

Mas… Aí, vem uma crise política, que enfia a economia num caos sem fim, com volta de inflação e juros altos impagáveis, e, lá se vai toda a preparação e os cálculos…

E, isto não é só um privilégio nosso não…

Sim, em outros países, o endividamento da classe média e afins abaixo na escala social é algo que acontece de forma frequente. Tanto que o professor David Graeber  escreveu sobre o “Fenômeno dos empregos fajutos” (On the Phenomenon of Bullshit Jobs), em que as pessoas se sujeitariam a empregos maçantes, indignos e improdutivos para apenas estarem empregadas.

No seu artigo, ele cita que o consumismo tem um papel preponderante nas sociedades Americana e Europeia, forçando as pessoas a trabalharem onde elas odeiam, para poder pagar pelas tendências da moda vigente (seja o iPhoneX ou aquela bolsa Louis Vouitton ou os Loubotins).

Mas, para nós, é muito mais perverso, já que o poder aquisitivo do Brasileiro está sempre correndo atrás da bola, sem falar uma demanda reprimida de algumas décadas (que, durante os governos do PT foi timidamente saciada).

O Ciclo Vicioso que estraga tudo

Como escrevi acima, nosso tempo é limitado. Assim, quanto mais tempo “gastamos” correndo atrás de dinheiro, menos tempo teremos para dedicar aos outros aspectos de nossas vidas.

Assim, pais se tornam ausentes, filhos desajustados, esposas brigam, maridos traem, e, a situação só se deteriora.

Por certo que antigamente a vida era mais fácil, por isso as estruturas familiares eram mais sólidas. E, não havia dinheiro de plástico (o cartão de crédito), que põe tudo a perder facilmente.

Qual a causa disso ?

Ora, podemos conjecturar que, pessoas sem dívidas são pessoas mais livres do que aquelas que têm contas a pagar. Assim, seria uma perversa corrente, a segurar, prender as pessoas, seja a empregos indignos, a salários aviltantes ou a situações estressantes, que, em outras condições, não teriam porque ficar assim. E, bancos e financeiras, uma vez que venderam o empréstimo, crédito, conta, seguro ou seja lá o que for, não se preocupam mais com nada. Quem terá que se preocupar, é o pobre correntista...

Tem como sair dessa ?

Olha, melhor é evitar de entrar num ciclo desses… Mas, tem dicas para tentar se proteger.

  •     Tenha apenas 1 cartão de crédito: É muito mais fácil de controlar e não se deixar cair no crédito rotativo.
  •     Não tenha cartões de lojas: Rejeite esses cartões, que ajudam muito na hora de estourar o orçamento.
  •     Planeje suas dívidas: De preferência, tenha apenas 20% do seu orçamento comprometido com compras a crédito, crediários e afins.
  •     Enquanto o país estiver nessa situação indefinida, gaste só o essencial: Essa dica pode ser ruim para as vendas, mas, temos primeiro que atravessar essa crise, para depois pensar em gastar.


E, trabalhar com o que se gosta é um privilégio. Evoluir na carreira profissional, com todos os cursos e aperfeiçoamentos possíveis também é muito bom. Só, que do jeito que as coisas ocorrem, estamos todos sempre correndo atrás do prejuízo,  como o carinha da foto abaixo.


 

E, isso não é aceitável, afinal, ele nunca vai alcançar seus objetivos…

E, pra finalizar, gente, nunca esqueçam:

Dinheiro, sempre se consegue juntar de novo.

Saúde, não

Dívidas, vão ir e vão voltar.

Pessoas, só vão embora de nossas vidas.

Portanto, cuidem bem das pessoas e tenham sabedoria em como usar as coisas( e não se endividar…)

Sds,

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