sábado, 13 de março de 2010

Direitos Humanos, no dos outros é refresco...

 Direitos humanos aqui, não são como os direitos humanos de lá...

É sempre interessante acompanhar o que nossos políticos fazem, já que, com nossa democracia representativa, se assina um cheque em branco, com muita fé e esperança, em que os políticos irão se comprometer com as ideias que defenderam durante a campanha.

Claro que existem casos interessantes, alguns até folclóricos, de personagens que tropeçaram em suas próprias línguas. E, o pessoal mais jovem, nem deve se lembrar do falecido cacique Mário Juruna, que usava  um gravador para gravar o que o homem branco dizia, de forma que ele(o homem branco) não se contradissesse no futuro.

Mais recentemente, tivemos o caso de um socialista histórico, perseguido político pela ditadura militar, exclamar aos quatros ventos: "Esqueçam tudo que eu escrevi"... É... Nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, deu essa declaração, mostrando como a língua pode ser uma arma ferina. A começar, para quem fala e age de forma destoante.

No caso de nosso ex-presidente, vimos um socialista se tornar um neo-liberal, coisa parecida com a Inglaterra de Margareth Tatcher.

Agora estamos presenciando um novo tropeço na língua. Um homem público de nosso país, escorrega e cai pela boca. Aliás, o presidente com maior grau de aprovação dos últimos anos.

Em recente viagem à Cuba, dando uma declaração à Associated Press, nosso inilustrado presidente comparou os bandidos brasileiros com os presos políticos cubanos.

O presidente Lula disse que greve de fome não pode ser pretexto para libertar pessoas em nome dos direitos humanos, referindo-se aos dissidentes cubanos, e questionou como seria se todos os bandidos presos em São Paulo fizessem greve de fome para pedir liberdade.

Nossa... Quem te ouviu e quem te vê... E, nesse meio tempo, um dissidente político cubano morreu devido a fazer uma greve de fome. Outro prisioneiro político estava entrando em greve de fome, quando nosso presidente visitou o país, e, os grupos de direitos humanos esperavam que Lula intercedesse para acabar com a greve de fome. Melhor esperar sentados, já que nosso presidente nada fez.

O engraçado de tudo é que, para proteger um terrorista italiano, um bandido comum, assaltante de bancos, sr. Cesare Battisti, nosso presidente e o ministro da justiça, sr. Tarso Genro, invocam direitos humanos, mais uma vez envolvendo o Brasil em outro imbróglio internacional (não bastasse o de Honduras) , dessa vez com a Itália.

É... Dois pesos e duas medidas. E, nosso presidente, querendo não se indispor com seus ídolos de juventude (Fidel Castro e o irmão Raul), se omite numa grave violação dos direitos humanos em pleno século XXI.

É presidente, o sr. vai ter que sair de cima do muro. Um dia, o sr. terá que mostrar a que veio. Esperamos que não seja tão tarde, que sua biografia já não esteja irreversivelmente destroçada por seus exageros, atos impensados, desmandos e injustiças.